ATPC –20 / 22 DE MAIO
Sugestão de leitura:
Livro - O Menino Da Mala
"Você adora salvar as
pessoas, não é? Bem, aqui está a sua chance."
Mesmo sem entender o que sua amiga Karin quer dizer com isso,
Nina atende seu pedido e vai até a estação ferroviária de Copenhague buscar uma
mala no guarda-volumes. Dentro, encontra um menino de 3 anos nu e dopado, mas
vivo.
Chocada, Nina mal tem tempo de pensar no que fazer, pois um brutamontes furioso
aparece atrás do garoto.
Será que ela está diante de um caso de tráfico de crianças?
Sem saber se deve confiar na polícia, ela foge com o menino e vai à procura de
Karin, a única que pode esclarecer aquele absurdo.
Quando descobre que a amiga foi brutalmente assassinada, Nina se dá conta de
que sua vida está ameaçada e que o garoto também precisa ser salvo. Mas, para
isso, é necessário descobrir quem ele é, de onde veio e por que está sendo
caçado.
Neste primeiro livro da série da enfermeira Nina Borg, vendido para 27 países,
as autoras Lene Kaaberbøl e Agnete Friis apresentam uma heroína que luta contra
seus demônios e busca fazer justiça em meio à crueldade e à indiferença do
mundo.
Tema
: preparar
sequência de atividades para desenvolver determinadas habilidades.
Desenvolvimento:
divisão
dos professores em grupos por disciplina,
Cada grupo a partir de seu
texto desenvolverá uma sequência de atividades para desenvolver nos alunos a
habilidade de:
estabelecer
relações de causa e conseqüência, entre partes e/ou elementos de um texto. (H16
– Eixo IV)
Cada grupo falará a
sequência que pensou aos outros.
Distribuição do material com
a sequência sugerida (Língua Portuguesa 1º texto) para o desenvolvimento desta
atividade entre os alunos, discussão entre os grupos e possíveis modificações. Socialização.
Geração Ctrl+C, Ctrl+V: quando copiar
é uma necessidade
por Leonardo Sakamoto*
Não sou saudosista. Detesto aqueles discursos de que “no meu tempo, as
coisas eram melhores”, porque não eram. Mas, é fato, passamos por mudanças
tecnológicas que, se por um lado, propiciaram a livre circulação de informação,
que estão mudando a própria consciência da sociedade, por outro facilitaram a
picaretagem deslavada.
Uma das coisas que mais me irrita é perceber que um aluno baixou um
texto pronto, trocou Jesus por Eduardo, ou nem isso, e o entregou. Já peguei
frases como “por isso, pretendo abordar nesta pesquisa de doutorado…” ou “em
nossa participação no evento de Caxambu…” perdidas no meio do texto. Ou seja, o
gênio nem leu o conteúdo que estava copiando. Ctrl+C, Ctrl+V, botou uma capa
ridícula do ClipArt e mandou por e-mail.
OK, atire a primeira pedra quem nunca fez um trabalho de escola copiando
a mão no papel almaço ou datilografando no sulfite um trecho da Barsa, Mirador
ou Conhecer (#trash80s).
Defendo que conhecimento seja livremente reproduzido e ideias e
trabalhos acadêmicos, artísticos, culturais, jornalísticos compartilhados sem
restrições. Os produtores de informação vão ter que se aprofundar nas formas de
obter recursos para garanti-la (e esse talvez seja o grande desafio de nossa
era). Limitar, portanto, o seu alcance uma vez que entra na rede é risível. O
conteúdo vai circular, quer o seu “dono” queira ou não. Mas minha reclamação
não é essa, mas sim a ausência de citação de fonte e de autor ao reproduzir
informação.
Quando interpelei um aluno, tempos atrás, a peça-rara ficou amuada, mas
foi para o ataque – que é, sempre, a melhor defesa. Bradou que, em uma
sociedade da informação, não mais faz sentido dizer a quem pertence determinada
produção, até porque ela não é fruto do trabalho individual, mas do acúmulo
coletivo. Boa tentativa pós-moderna – só que não. Pois dizer de onde veio um
argumento não é apenas questão de honestidade intelectual, mas ajuda a entender
a natureza do próprio pensamento em questão, posicionando-o no tempo e no
espaço. E valoriza os produtores de conhecimento que, reconhecidos por isso,
podem obter formas de continuar produzindo.
A facilidade de conseguir informações já em formato pronto para ser
jogado no software de edição de textos facilitou a reprodução de conteúdo pelos
alunos. Como devem ser poucos os professores que fazem um debate sem
preconceitos sobre isso, o comportamento é internalizado como comum e levado
para outras esferas da vida. Por exemplo, uma das sensações mais deprimentes é
receber uma reportagem produzida por alunos de jornalismo que, quando
processada por programas que apuram plágio, não se sustenta como coisa inédita.
As entrevistas foram publicadas em um jornal, a análise saiu de uma outra
revista, até as fotos acabaram por serem obtidas no Google. Tudo bem que o
trabalho da imprensa é fazer curadoria, mas isso já é demais.
Quando critiquei o caso em uma aula, um grupo de alunos retrucou. Disse
que, na prática, é isso o que eles fazem diariamente como estagiários nas
redações em que trabalham: Ctrl+C, Ctrl+V.
Eles têm um ponto. Reescrever com classe textos de outros veículos ou
despachos de agências de notícias é considerado arte em alta hoje no jornalismo
dado os altos custos de manter repórteres para produzir conteúdo próprio. No
limite, profissionais de imprensa são instados diariamente a “cozinhar”
material de terceiros sem citar fontes ou o responsável pelo esforço de
reportagem. Há um amigo que, inclusive, ouviu de seu chefe a ordem para que o
horário de publicação de uma notícia plagiada fosse ajustada para antes do
horário da notícia original do concorrente. O horror, o horror!
Como muitos professores nem se preocupam em ler ou corrigir um texto,
desde o ensino fundamental até a faculdade, a omissão de docentes é visto como
um passe-livre . Como diria o filósofo Al Bundy, de “Married with Children”, só
é crime se te pegam.
Isso, aliado às necessidades e limitações de determinadas profissões e
empresas, produz um contexto em que a cópia sem reflexão e citação de origem
não apenas é tolerada, mas incentivada. Dessa forma, a responsabilidade por
erros também é diluída. Se ninguém os produziu, ninguém é culpado.
* Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência
Política.
** Publicado originalmente no Blog do Sakamoto. (Blog do Sakamoto)
ATPC – 22 e 24 abril 2014.
PAUTA
TEMA: JOGOS – QUANDO, COMO E POR QUE USAR
OBJETIVO: MOSTRAR QUE OS JOGOS SÃO UM RECURSO PARA TRABALHAR
CONTEÚDOS DE TODAS AS DISCIPLINAS.
SUGESTÃO DE LEITURA:
Esta antologia nasceu de uma espécie de jogo
literário - como bem definiu sua organizadora, Heloisa Prieto -, do qual
participaram quatro escritores de renome: Ana Miranda, Ricardo Azevedo,
Angela-Lago e Heloisa Seixas. Prieto sugeriu aos convidados a leitura de dois
textos sobre o tema da transmutação - um trecho das Metamorfoses de Ovídio, obra escrita numa época em
que a narrativa se reportava a um tempo e espaço mágicos, nos quais cada ser
continha a possibilidade secreta da transformação; e o primeiro capítulo daMetamorfose de Kafka, considerada por muitos a
metáfora mais perfeita da condição do homem contemporâneo. A partir dessa
leitura, eles criariam seus próprios contos.
Os contos são ilustrados e vêm acompanhados
pelos dois textos que lhes serviram de inspiração. Na mesma série de antologias
juvenis criadas por Heloisa Prieto estão os volumes Vida
crônica e De
primeira viagem.
Dinâmica do ATPC: Começo aplicando com o grupo todo o
primeiro jogo de leitura do professor
Luiz Percival Leme Britto, o material apresenta dois jogos de leitura, apliquei
apenas o primeiro. A atividade consiste em falar primeiro apenas o título e pedir que os ouvintes falem sobre como é a história, depois começar a leitura do texto e fragmentos e a cada fragmento pedir que os ouvintes digam como acham que a história continua, e, em seguida continuar a leitura.
Conversa sobre a atividade.
Leitura compartilhada do texto abaixo, retirada da
revista Nova Escola.
Depois da leitura e dos comentários sobre o assunto e
compartilhamento de experiências de professores que já trabalham qualquer tipo
de jogo disponibilizei as sugestões de
jogos (em anexo).
Diante de um jogo, crianças e adolescentes dão o melhor de si: planejam,
pensam em estratégias, agem, analisam e antecipam o passo do adversário,
observam o erro dele, torcem, comemoram - ou lamentam - e propõem uma nova
partida. Todo esse interesse faz dele um valioso recurso, que pode ser incluído
nas aulas com dois objetivos: ensinar um conteúdo ou simplesmente ensinar a
jogar.
O material permite trabalhar diversas aprendizagens, como conciliar interesses com os colegas e enfrentar dificuldades. "Um bom jogo é desafiador, permite a interação entre os participantes e mostra a eles se alcançaram seu objetivo sem que o professor precise dar essa indicação", explica Ana Ruth Starepravo, que defendeu o doutorado na Universidade de São Paulo (USP) sobre jogos nas aulas de Matemática.
Para crianças e jovens, o principal atrativo é o caráter lúdico, conceito por vezes mal compreendido, mas que indica que a prática é divertida e pressupõe uma relação interessante entre os participantes. Porém não ficam de fora o compromisso, o esforço, o trabalho e até a frustração. O prazer que proporciona é ligado à superação, à satisfação de ganhar ou de ser melhor que antes. "A motivação é intrínseca. E há sempre a possibilidade de repetir a experiência", diz Lino de Macedo, docente aposentado do Instituto de Psicologia da USP e especialista no tema.
O lúdico, segundo o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), faz parte de nossa vida desde o nascimento por meio de diferentes tipos de jogo. O de exercício (caracterizado pela repetição) e o simbólico (o faz de conta) estão muito presentes no cotidiano das crianças desde cedo, além do jogo de regras, que tem papel mais significativo conforme elas ficam maiores. De acordo com a definição de Piaget no livro A Formação do Símbolo na Criança (376 págs., Ed. LTC, tel. 21/3970-9450, 83 reais), jogos de regras são aqueles "regulamentados, quer por um código transmitido de gerações em gerações, quer por acordos momentâneos". Macedo explica que neles existe a regulação, uma mudança de comportamento do participante a cada instante. "Isso tem a ver com a natureza da atividade: prestar atenção, ver o que o outro faz e ajustar sua ação." No jogo da velha, por exemplo, precisamos levar em conta o quadradinho marcado pelo adversário para ter êxito.
Nem todos os educadores, no entanto, veem os jogos de regras com bons olhos, muitas vezes porque eles geram competição. Para Macedo, a disputa é benéfica e deve ser incentivada na escola. "A palavra competir indica que os oponentes se orientam para a mesma direção, que é ganhar. Ambos perseguem um resultado, uma melhor competência, e esse processo implica colaboração, cooperação e respeito mútuo e à regra."
O material permite trabalhar diversas aprendizagens, como conciliar interesses com os colegas e enfrentar dificuldades. "Um bom jogo é desafiador, permite a interação entre os participantes e mostra a eles se alcançaram seu objetivo sem que o professor precise dar essa indicação", explica Ana Ruth Starepravo, que defendeu o doutorado na Universidade de São Paulo (USP) sobre jogos nas aulas de Matemática.
Para crianças e jovens, o principal atrativo é o caráter lúdico, conceito por vezes mal compreendido, mas que indica que a prática é divertida e pressupõe uma relação interessante entre os participantes. Porém não ficam de fora o compromisso, o esforço, o trabalho e até a frustração. O prazer que proporciona é ligado à superação, à satisfação de ganhar ou de ser melhor que antes. "A motivação é intrínseca. E há sempre a possibilidade de repetir a experiência", diz Lino de Macedo, docente aposentado do Instituto de Psicologia da USP e especialista no tema.
O lúdico, segundo o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), faz parte de nossa vida desde o nascimento por meio de diferentes tipos de jogo. O de exercício (caracterizado pela repetição) e o simbólico (o faz de conta) estão muito presentes no cotidiano das crianças desde cedo, além do jogo de regras, que tem papel mais significativo conforme elas ficam maiores. De acordo com a definição de Piaget no livro A Formação do Símbolo na Criança (376 págs., Ed. LTC, tel. 21/3970-9450, 83 reais), jogos de regras são aqueles "regulamentados, quer por um código transmitido de gerações em gerações, quer por acordos momentâneos". Macedo explica que neles existe a regulação, uma mudança de comportamento do participante a cada instante. "Isso tem a ver com a natureza da atividade: prestar atenção, ver o que o outro faz e ajustar sua ação." No jogo da velha, por exemplo, precisamos levar em conta o quadradinho marcado pelo adversário para ter êxito.
Nem todos os educadores, no entanto, veem os jogos de regras com bons olhos, muitas vezes porque eles geram competição. Para Macedo, a disputa é benéfica e deve ser incentivada na escola. "A palavra competir indica que os oponentes se orientam para a mesma direção, que é ganhar. Ambos perseguem um resultado, uma melhor competência, e esse processo implica colaboração, cooperação e respeito mútuo e à regra."
Planejar para
oferecer o material à turma com frequência é essencial
A inclusão de jogos na escola demanda planejamento. Antes de disponibilizá-los para a garotada, analise a variedade e a quantidade disponível para avaliar se todos podem brincar ao mesmo tempo ou se é necessário fazer um rodízio. Além disso, os jogos devem ser atraentes e bonitos e ter bom acabamento. "É na intensidade, na fascinação, na capacidade de excitar que residem a própria essência e a característica primordial do jogo", diz Johan Huizinga (1872-1945) em Homo Ludens (256 págs., Ed. Perspectiva, tel. 11/3885-8388, 29 reais), um clássico sobre o assunto.
O segundo passo é prever horários para explorar o recurso. Os estudantes precisam compreender as regras, saber como usá-las e ter a possibilidade de aprimorar suas estratégias a cada nova experiência. "Isso não pode ser feito eventualmente ou em pouco tempo, mas com regularidade", diz Rosely Palermo Brenelli, professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "O importante é jogar, jogar, jogar. E refletir, refletir, refletir para depois começar novamente", completa Macedo. É nesse vaivém que o aluno aprimora sua prática. Nas páginas a seguir, mostramos como incluir os jogos na rotina. Para ajudá-lo a iniciar o trabalho, indicamos 14 exemplos, entre clássicos e os poucos usados em sala.
A inclusão de jogos na escola demanda planejamento. Antes de disponibilizá-los para a garotada, analise a variedade e a quantidade disponível para avaliar se todos podem brincar ao mesmo tempo ou se é necessário fazer um rodízio. Além disso, os jogos devem ser atraentes e bonitos e ter bom acabamento. "É na intensidade, na fascinação, na capacidade de excitar que residem a própria essência e a característica primordial do jogo", diz Johan Huizinga (1872-1945) em Homo Ludens (256 págs., Ed. Perspectiva, tel. 11/3885-8388, 29 reais), um clássico sobre o assunto.
O segundo passo é prever horários para explorar o recurso. Os estudantes precisam compreender as regras, saber como usá-las e ter a possibilidade de aprimorar suas estratégias a cada nova experiência. "Isso não pode ser feito eventualmente ou em pouco tempo, mas com regularidade", diz Rosely Palermo Brenelli, professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "O importante é jogar, jogar, jogar. E refletir, refletir, refletir para depois começar novamente", completa Macedo. É nesse vaivém que o aluno aprimora sua prática. Nas páginas a seguir, mostramos como incluir os jogos na rotina. Para ajudá-lo a iniciar o trabalho, indicamos 14 exemplos, entre clássicos e os poucos usados em sala.
Para
ensinar a jogar
Um ritual de ações em que os aspectos social, afetivo e cognitivo estão presentes faz do jogo um recurso importante mesmo que ele não esteja a serviço do ensino de um conteúdo. De acordo com Macedo, o jogo é social por natureza, já que seus participantes se relacionam e obedecem às mesmas regras que seus oponentes. O lado afetivo, ele revela na mobilização de emoções e de energia. Em relação ao desenvolvimento cognitivo, o pesquisador ressalta as habilidades usadas durante uma partida: raciocínio, antecipação de jogadas e previsão das consequências da ação.
Para que tudo isso seja explorado, é preciso organizar um acervo. Ele deve ser escolhido de acordo com os objetivos didáticos e incluir exemplares que envolvam apenas sorte (como os de percurso, com dados), estratégia (caso do xadrez) ou ambas as características (como o gamão). "Assim como pensamos em uma diversidade textual nas aulas de Língua Portuguesa, devemos pensar na de jogos. Não há como dizer que um tipo é melhor que outro, assim como não é verdade que poesia é mais importante que crônica", diz Adriana Klysis, diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte.
Organizados por um docente ou por alguém da equipe gestora, os jogos precisam ficar disponíveis, assim como os livros na biblioteca. Dessa forma, todos têm a oportunidade de escolhê-los e usá-los com autonomia. Nos anos iniciais, quando um professor acompanha a maior parte da rotina, pode-se determinar um horário para esse fim durante as aulas. Já do 6º ao 9º ano, quando os educadores passam pouco tempo com os alunos, os períodos de intervalo são uma opção desde que eles saibam quem consultar em caso de dúvidas. "É comum os jogos serem propostos até o 5º ano e depois desaparecerem da rotina. Isso ocorre por falta de um responsável por eles, e não porque perderam importância", explica Rosely.
Adriana destaca a importância de o educador indicado para a tarefa conhecer as regras e estratégias dos exemplares disponíveis. "Somente se estiver envolvido com a proposta ele consegue incentivar a participação da meninada." Um meio de despertar o interesse dos jovens é pedir que descubram a história dos jogos, como a do clássico mancala, ou quais as regras adotadas em cada lugar em que ele é jogado (veja os exemplos de jogos abaixo). Mas lembre: esses estudos não substituem as partidas realizadas entre a garotada.
Os alunos se aprimoram com a prática e a discussão sobre estratégias
Um mesmo jogo oferece desafios diversos em diferentes momentos. Se nos primeiros contatos o domínio das regras exige mais concentração, analisar os movimentos do adversário passa a ser fundamental para ganhar. Numa eventual troca de parceiros, o jogador confronta outros pontos de vista e revê as estratégias utilizadas no início. O aprendizado trazido por essa experiência - como saber lidar com situações adversas e conviver com pessoas que têm outras opiniões - pode beneficiar o aluno nas demais atividades realizadas na escola. Isso é potencializado quando o professor chama a atenção dele para isso. "Convidar a criança a fazer uma autoavaliação, refletindo sobre os meios que utilizou para alcançar o resultado, colabora para que ela tenha consciência de seus erros e acertos", afirma Rosely.
Para que os estudantes ampliem a compreensão sobre os jogos e aprimorem suas habilidades, troque ideias com eles sobre a estrutura e a dinâmica de cada um. Vale observar o que já sabem e depois fazer perguntas. No caso do dominó, questione: "Qual o total de peças?", "Quais números aparecem nelas?", "Quantas vezes aparece cada número?" e "Existem peças idênticas?". Dessa forma, fica claro que saber as regras e ter sorte não basta para ganhar. É fundamental conhecer as peças para antecipar as ações do adversário. Discuta o tema apresentando uma situação - real ou inventada - envolvendo o quebra-cabeça, por exemplo. Para enriquecer a conversa, veja se a turma sugere meios de facilitar os encaixes. Depois, compartilhe uma estratégia: "É vantajoso começar pelas bordas?" e "É possível fazer o mesmo com outro quebra-cabeça?". Mediações como essa e encaminhamentos para questões apresentadas pelos alunos não podem faltar.
Um ritual de ações em que os aspectos social, afetivo e cognitivo estão presentes faz do jogo um recurso importante mesmo que ele não esteja a serviço do ensino de um conteúdo. De acordo com Macedo, o jogo é social por natureza, já que seus participantes se relacionam e obedecem às mesmas regras que seus oponentes. O lado afetivo, ele revela na mobilização de emoções e de energia. Em relação ao desenvolvimento cognitivo, o pesquisador ressalta as habilidades usadas durante uma partida: raciocínio, antecipação de jogadas e previsão das consequências da ação.
Para que tudo isso seja explorado, é preciso organizar um acervo. Ele deve ser escolhido de acordo com os objetivos didáticos e incluir exemplares que envolvam apenas sorte (como os de percurso, com dados), estratégia (caso do xadrez) ou ambas as características (como o gamão). "Assim como pensamos em uma diversidade textual nas aulas de Língua Portuguesa, devemos pensar na de jogos. Não há como dizer que um tipo é melhor que outro, assim como não é verdade que poesia é mais importante que crônica", diz Adriana Klysis, diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte.
Organizados por um docente ou por alguém da equipe gestora, os jogos precisam ficar disponíveis, assim como os livros na biblioteca. Dessa forma, todos têm a oportunidade de escolhê-los e usá-los com autonomia. Nos anos iniciais, quando um professor acompanha a maior parte da rotina, pode-se determinar um horário para esse fim durante as aulas. Já do 6º ao 9º ano, quando os educadores passam pouco tempo com os alunos, os períodos de intervalo são uma opção desde que eles saibam quem consultar em caso de dúvidas. "É comum os jogos serem propostos até o 5º ano e depois desaparecerem da rotina. Isso ocorre por falta de um responsável por eles, e não porque perderam importância", explica Rosely.
Adriana destaca a importância de o educador indicado para a tarefa conhecer as regras e estratégias dos exemplares disponíveis. "Somente se estiver envolvido com a proposta ele consegue incentivar a participação da meninada." Um meio de despertar o interesse dos jovens é pedir que descubram a história dos jogos, como a do clássico mancala, ou quais as regras adotadas em cada lugar em que ele é jogado (veja os exemplos de jogos abaixo). Mas lembre: esses estudos não substituem as partidas realizadas entre a garotada.
Os alunos se aprimoram com a prática e a discussão sobre estratégias
Um mesmo jogo oferece desafios diversos em diferentes momentos. Se nos primeiros contatos o domínio das regras exige mais concentração, analisar os movimentos do adversário passa a ser fundamental para ganhar. Numa eventual troca de parceiros, o jogador confronta outros pontos de vista e revê as estratégias utilizadas no início. O aprendizado trazido por essa experiência - como saber lidar com situações adversas e conviver com pessoas que têm outras opiniões - pode beneficiar o aluno nas demais atividades realizadas na escola. Isso é potencializado quando o professor chama a atenção dele para isso. "Convidar a criança a fazer uma autoavaliação, refletindo sobre os meios que utilizou para alcançar o resultado, colabora para que ela tenha consciência de seus erros e acertos", afirma Rosely.
Para que os estudantes ampliem a compreensão sobre os jogos e aprimorem suas habilidades, troque ideias com eles sobre a estrutura e a dinâmica de cada um. Vale observar o que já sabem e depois fazer perguntas. No caso do dominó, questione: "Qual o total de peças?", "Quais números aparecem nelas?", "Quantas vezes aparece cada número?" e "Existem peças idênticas?". Dessa forma, fica claro que saber as regras e ter sorte não basta para ganhar. É fundamental conhecer as peças para antecipar as ações do adversário. Discuta o tema apresentando uma situação - real ou inventada - envolvendo o quebra-cabeça, por exemplo. Para enriquecer a conversa, veja se a turma sugere meios de facilitar os encaixes. Depois, compartilhe uma estratégia: "É vantajoso começar pelas bordas?" e "É possível fazer o mesmo com outro quebra-cabeça?". Mediações como essa e encaminhamentos para questões apresentadas pelos alunos não podem faltar.
Sudoku
Anos 6º ao 9º.
Objetivos didáticos Formular hipóteses e verificar se elas se confirmam.
Objetivo do jogo Preencher nove diagramas com nove casas cada, sem repetir os números de 1 a 9.
Mancala
Anos 1º ao 9º.
Objetivos didáticos Prever a jogada do adversário e procurar a melhor estratégia.
Objetivo do jogo Conseguir capturar a maior quantidade de sementes.
Quebra-cabeça
Anos 1º ao 9º.
Objetivos didáticos Identificar peças e criar estratégias para montá-las e fazer escolhas.
Objetivo do jogo Sozinho ou em pequenos grupos, identificar e unir peças para compor uma figura.
Dominó
Anos 1º ao 9º.
Objetivos didáticos Antecipar a jogada do oponente, calcular e escolher a melhor peça.
Objetivo do jogo Terminar primeiro as peças que possui, encaixando-as nas de mesmo número já postas na mesa.
Cara a cara
Anos 1º ao 9º.
Objetivo didático Relacionar informações, pensar em questões e aproveitar respostas para avançar no jogo.
Objetivo do jogo Adivinhar o personagem escolhido por um colega com base em pistas sobre suas características.
Mexe-mexe
Anos 3º ao 9º.
Objetivo didático Utilizar as cartas que já estão em um jogo para compor outras combinações.
Objetivo do jogo Ser o primeiro a terminar as cartas que tem em mãos.
Anos 6º ao 9º.
Objetivos didáticos Formular hipóteses e verificar se elas se confirmam.
Objetivo do jogo Preencher nove diagramas com nove casas cada, sem repetir os números de 1 a 9.
Mancala
Anos 1º ao 9º.
Objetivos didáticos Prever a jogada do adversário e procurar a melhor estratégia.
Objetivo do jogo Conseguir capturar a maior quantidade de sementes.
Quebra-cabeça
Anos 1º ao 9º.
Objetivos didáticos Identificar peças e criar estratégias para montá-las e fazer escolhas.
Objetivo do jogo Sozinho ou em pequenos grupos, identificar e unir peças para compor uma figura.
Dominó
Anos 1º ao 9º.
Objetivos didáticos Antecipar a jogada do oponente, calcular e escolher a melhor peça.
Objetivo do jogo Terminar primeiro as peças que possui, encaixando-as nas de mesmo número já postas na mesa.
Cara a cara
Anos 1º ao 9º.
Objetivo didático Relacionar informações, pensar em questões e aproveitar respostas para avançar no jogo.
Objetivo do jogo Adivinhar o personagem escolhido por um colega com base em pistas sobre suas características.
Mexe-mexe
Anos 3º ao 9º.
Objetivo didático Utilizar as cartas que já estão em um jogo para compor outras combinações.
Objetivo do jogo Ser o primeiro a terminar as cartas que tem em mãos.
Para
ensinar conteúdos
Se seu objetivo é trabalhar um tema do currículo, não basta distribuir os jogos e pôr todo mundo para brincar. É preciso pensar neles como um recurso possível dentro de um planejamento maior e fazer sua escolha com base no desafio que podem gerar. Assim, eles sempre estarão incluídos em uma sequência didática. "O material pode aparecer como um problema inicial e, em seguida, outras atividades são propostas para estudar os conteúdos em questão", diz Ana Ruth. É o caso do fugi-fugi nas aulas de Educação Física, ponto de partida para o estudo da corrida (veja os exemplos de jogos em todas as disciplinas abaixo).
Outra possibilidade é apresentar o recurso no fim de uma etapa. Isso ocorre durante a elaboração das cartas do perfil. Nesse jogo, o objetivo é identificar as características do que está sendo descrito - o sistema solar em Ciências, por exemplo. "As crianças pensam nas curiosidades e características que devem ser citadas nas cartas relembrando o que viram nas aulas. Os textos permitem ao professor verificar o quanto foi aprendido ou o que precisa ser retomado", diz Cristian Annunciato, físico e pesquisador da Sangari Brasil.
Ao eleger um conteúdo e identificar qual jogo pode ser usado para ensiná-lo, planeje como será feita a organização da sala, qual o tempo destinado à atividade e a divisão das equipes. Também considere os pontos que podem virar uma discussão posterior conforme a intenção do trabalho e sua experiência. Mas, se você quer usar um que necessita de adaptações para se adequar ao conteúdo a ser tratado, reavalie. Será que esse é mesmo o melhor recurso? Se sim, existe outro modelo que se aproxime mais do seu objetivo?
Caso a adaptação seja realmente necessária, certifique-se de que as alterações feitas mantiveram a clareza das regras e os modos de atingir os objetivos. Outra condição: o entretenimento tem de se manter instigante. Um bom exemplo é o bingo, em que os números podem ser substituídos por letras para que ele seja usado nas aulas de alfabetização. "O jogo não pode ser descaracterizado e deve significar um desafio real para o grupo. Isso varia conforme os alunos e também com o passar do tempo", comenta Adriana.
Enquanto a turma joga, seu papel é o de observador. A discussão vem depois
Durante a partida, observe e registre o que acontece: avalie como os alunos lidam com os desafios. Evite intervir a todo momento e garanta que tenham, de fato, liberdade para decidir o que fazer. "O professor deve permitir que cada um busque o que considera a melhor solução. Se simplesmente mostra como jogar ou fica interrompendo, descaracteriza a atividade", complementa Ana Ruth. Para as crianças que estão aprendendo a contar, por exemplo, calcular a pontuação de uma partida de pega-varetas é um grande momento. O professor, então, deve dar espaço para que encarem o desafio, mas também planejar situações-problema para abordar o conteúdo com toda a turma. Se elas contam os pontos de maneira menos prática (de 1 em 1), em vez de agrupar as varetas de mesma pontuação, a discussão pode incluir a comparação de cálculos e as estratégias mais eficientes.
Terminada a brincadeira, encaminhe a conversa com base nas suas anotações e peça que todos apresentem argumentos ou pensem no porquê dos erros. Ao entender as diferentes situações, eles jogam melhor.
Tendo essa vivência durante a trajetória escolar, crianças e adolescentes estarão preparados para muitas situações de sua vida - e para as próximas partidas.
Se seu objetivo é trabalhar um tema do currículo, não basta distribuir os jogos e pôr todo mundo para brincar. É preciso pensar neles como um recurso possível dentro de um planejamento maior e fazer sua escolha com base no desafio que podem gerar. Assim, eles sempre estarão incluídos em uma sequência didática. "O material pode aparecer como um problema inicial e, em seguida, outras atividades são propostas para estudar os conteúdos em questão", diz Ana Ruth. É o caso do fugi-fugi nas aulas de Educação Física, ponto de partida para o estudo da corrida (veja os exemplos de jogos em todas as disciplinas abaixo).
Outra possibilidade é apresentar o recurso no fim de uma etapa. Isso ocorre durante a elaboração das cartas do perfil. Nesse jogo, o objetivo é identificar as características do que está sendo descrito - o sistema solar em Ciências, por exemplo. "As crianças pensam nas curiosidades e características que devem ser citadas nas cartas relembrando o que viram nas aulas. Os textos permitem ao professor verificar o quanto foi aprendido ou o que precisa ser retomado", diz Cristian Annunciato, físico e pesquisador da Sangari Brasil.
Ao eleger um conteúdo e identificar qual jogo pode ser usado para ensiná-lo, planeje como será feita a organização da sala, qual o tempo destinado à atividade e a divisão das equipes. Também considere os pontos que podem virar uma discussão posterior conforme a intenção do trabalho e sua experiência. Mas, se você quer usar um que necessita de adaptações para se adequar ao conteúdo a ser tratado, reavalie. Será que esse é mesmo o melhor recurso? Se sim, existe outro modelo que se aproxime mais do seu objetivo?
Caso a adaptação seja realmente necessária, certifique-se de que as alterações feitas mantiveram a clareza das regras e os modos de atingir os objetivos. Outra condição: o entretenimento tem de se manter instigante. Um bom exemplo é o bingo, em que os números podem ser substituídos por letras para que ele seja usado nas aulas de alfabetização. "O jogo não pode ser descaracterizado e deve significar um desafio real para o grupo. Isso varia conforme os alunos e também com o passar do tempo", comenta Adriana.
Enquanto a turma joga, seu papel é o de observador. A discussão vem depois
Durante a partida, observe e registre o que acontece: avalie como os alunos lidam com os desafios. Evite intervir a todo momento e garanta que tenham, de fato, liberdade para decidir o que fazer. "O professor deve permitir que cada um busque o que considera a melhor solução. Se simplesmente mostra como jogar ou fica interrompendo, descaracteriza a atividade", complementa Ana Ruth. Para as crianças que estão aprendendo a contar, por exemplo, calcular a pontuação de uma partida de pega-varetas é um grande momento. O professor, então, deve dar espaço para que encarem o desafio, mas também planejar situações-problema para abordar o conteúdo com toda a turma. Se elas contam os pontos de maneira menos prática (de 1 em 1), em vez de agrupar as varetas de mesma pontuação, a discussão pode incluir a comparação de cálculos e as estratégias mais eficientes.
Terminada a brincadeira, encaminhe a conversa com base nas suas anotações e peça que todos apresentem argumentos ou pensem no porquê dos erros. Ao entender as diferentes situações, eles jogam melhor.
Tendo essa vivência durante a trajetória escolar, crianças e adolescentes estarão preparados para muitas situações de sua vida - e para as próximas partidas.
Bingo de nomes
Língua portuguesa
Anos 1º e 2º.
Objetivo didático Identificar as letras que compõem os nomes da turma.
Objetivo do jogo Completar primeiro um nome escrito em uma cartela com as letras ditadas pelo professor.
Pega-varetas
Matemática
Anos 3º e 4º.
Objetivo didático Aprimorar estratégias de cálculo mental.
Objetivo do jogo Conquistar mais pontos recolhendo uma a uma varetas coloridas (com valores variados) jogadas na mesa sem mover as demais.
RPG (Role-playing games)
História
Ano 9º.
Objetivo didático Interpretar a posição de diferentes países durante a Guerra Fria.
Objetivo do jogo Assumir ações e falas de acordo com as características da nação que representa.
Batalha naval
Geografia
Anos 2º ao 5º.
Objetivos didáticos Conhecer coordenadas geográficas e sistemas de localização de pontos na superfície terrestre.
Objetivo do jogo Descobrir, numa tabela, onde o oponente desenhou veículos de guerra.
Desenho e adivinhação
Língua estrangeira
Ano 6º.
Objetivo didático Relembrar o vocabulário sobre alimentos típicos de um piquenique.
Objetivo do jogo Identificar o que foi desenhado por um integrante do seu time e falar na língua estrangeira.
Perfil
Ciências
Anos 5º e 6º.
Objetivo didático Identificar as características de planetas, estrelas e satélites.
Objetivo do jogo Baseado em cartas e relatos dos concorrentes, descobrir qual é o elemento do sistema solar.
Fugi-fugi
Educação física
Anos 1º ao 5º.
Objetivos didáticos Correr, perseguir, desviar, fugir e pegar.
Objetivo do jogo O pegador deve capturar o maior número de pessoas enquanto os demais procuram escapar para serem vencedores.
Leilão de obras de arte
Arte
Anos 4º e 5º.
Objetivos didáticos Reconhecer características dos quadros de Frans Post (1612-1680) e aspectos históricos.
Objetivo do jogo Identificar, com o menor número de pistas, o quadro descrito no cartão.
Língua portuguesa
Anos 1º e 2º.
Objetivo didático Identificar as letras que compõem os nomes da turma.
Objetivo do jogo Completar primeiro um nome escrito em uma cartela com as letras ditadas pelo professor.
Pega-varetas
Matemática
Anos 3º e 4º.
Objetivo didático Aprimorar estratégias de cálculo mental.
Objetivo do jogo Conquistar mais pontos recolhendo uma a uma varetas coloridas (com valores variados) jogadas na mesa sem mover as demais.
RPG (Role-playing games)
História
Ano 9º.
Objetivo didático Interpretar a posição de diferentes países durante a Guerra Fria.
Objetivo do jogo Assumir ações e falas de acordo com as características da nação que representa.
Batalha naval
Geografia
Anos 2º ao 5º.
Objetivos didáticos Conhecer coordenadas geográficas e sistemas de localização de pontos na superfície terrestre.
Objetivo do jogo Descobrir, numa tabela, onde o oponente desenhou veículos de guerra.
Desenho e adivinhação
Língua estrangeira
Ano 6º.
Objetivo didático Relembrar o vocabulário sobre alimentos típicos de um piquenique.
Objetivo do jogo Identificar o que foi desenhado por um integrante do seu time e falar na língua estrangeira.
Perfil
Ciências
Anos 5º e 6º.
Objetivo didático Identificar as características de planetas, estrelas e satélites.
Objetivo do jogo Baseado em cartas e relatos dos concorrentes, descobrir qual é o elemento do sistema solar.
Fugi-fugi
Educação física
Anos 1º ao 5º.
Objetivos didáticos Correr, perseguir, desviar, fugir e pegar.
Objetivo do jogo O pegador deve capturar o maior número de pessoas enquanto os demais procuram escapar para serem vencedores.
Leilão de obras de arte
Arte
Anos 4º e 5º.
Objetivos didáticos Reconhecer características dos quadros de Frans Post (1612-1680) e aspectos históricos.
Objetivo do jogo Identificar, com o menor número de pistas, o quadro descrito no cartão.
VÍDEO LINO DE MACEDO - http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/video-importancia-jogos-aprendizagem-lino-de-macedo-735256.shtml
ATPC – 08e 10 de abril
de 2014
PAUTA
INDICAÇÃO DE LEITURA:
TERRA
SONÂMBULA
|
|||
Um
ônibus incendiado em uma estrada poeirenta serve de abrigo ao velho Tuahir e
ao menino Muidinga, em fuga da guerra civil devastadora que grassa por toda
parte em Moçambique. Como se sabe, depois de dez anos de guerra anticolonial
(1965-75), o país do sudeste africano viu-se às voltas com um longo e
sangrento conflito interno que se estendeu de 1976 a 1992.
O veículo está cheio de corpos carbonizados. Mas há também um outro corpo à beira da estrada, junto a uma mala que abriga os "cadernos de Kindzu", o longo diário do morto em questão. A partir daí, duas histórias são narradas paralelamente: a viagem de Tuahir e Muidinga, e, em flashback, o percurso de Kindzu em busca dos naparamas, guerreiros tradicionais, abençoados pelos feiticeiros, que são, aos olhos do garoto, a única esperança contra os senhores da guerra. Terra Sonâmbula - considerado por júri especial da Feira do Livro de Zimbabwe um dos doze melhores livros africanos do século XX e agora reeditado no Brasil pela Companhia das Letras - é um romance em abismo, escrito numa prosa poética que remete a Guimarães Rosa. Couto se vale também de recursos do realismo mágico e da arte narrativa tradicional africana para compor esta bela fábula, que nos ensina que sonhar, mesmo nas condições mais adversas, é um elemento indispensável para se continuar vivendo. |
Objetivo: Identificar as possíveis falhas e acertos de
abordagens pedagógicas em que a escola como um todo vem apresentando no qual
favorecem o abandono escolar, assim como as possibilidades de mudanças a partir
de modelos externos.
Vídeo
de apoio: Escola do Rio transforma sala de aula num lugar mais interessante para
reduzir abandono - Jornal Fantástico, exibido em 06/04 de 2014
Desenvolvimento:- Análise do vídeo apresentado;
- Discussão sobre o tema com a
contribuição de todos;
- Plano de ação
desenvolvimento e ou o término das atividades propostas nas semanas anteriores;
Bibliografia
de apoio em anexo:
INDISCIPLINA
ESCOLAR: REFLEXÕES – JESUS, Graziela de
1;MAIA,
Graziela ZambãoAbdian 2
RESUMO
O objetivo deste texto é realizar uma discussão
sobre indisciplina escolar por meio de levantamento bibliográfico das pesquisas
que vem sendo realizadas sobre a temática. Esta reflexão sobre a temática é
parte do projeto de pesquisa “Indisciplina escolar: um estudo comparado da
percepção da direção e dos docentes de uma escola particular e uma escola
pública municipal das primeiras séries do ensino
fundamental. Pode-se constatar por meio da literatura que a análise do que vem
a ser indisciplina escolar é fortemente influenciada pela concepção de educação
escolar dos integrantes da escola. Um dos aspectos evidenciados com o estudo é
que os problemas de indisciplina escolar, apesar de serem estudados sobre
diversas perspectivas teóricas, não apresentam respostas concretas que
possibilitem conceituá-los e/ou identificar suas causas diretas.
Extrai-se do Dicionário Aurélio, os seguintes conceitos de
disciplina e indisciplina: Disciplina -
Regime de ordem imposta ou livremente consentida; Ordem que convém ao
funcionamento regular duma organização (militar, escolar etc.); Relações de
subordinação do aluno ao mestre ou ao instrutor; Observância de preceitos ou
normas; Submissão a um regulamento. Indisciplina - Procedimento, ato ou dito
contrário a disciplina; desobediência; desordem; rebelião.
IÇAMI TIBA (*
TIBA, Içami. Disciplina - Limite na medida certa. São Paulo: editora Gente,
1996. 8ª edição. p. 117 e 145.48 define disciplina: conjunto de regras éticas
para se atingir um objetivo. A ética é entendida, aqui, como o critério
qualitativo do comportamento humano envolvendo e preservando o respeito ao
bem-estar biopsicossocial. O autor aponta como causas da indisciplina na escola
as características pessoais do aluno (distúrbios psiquiátricos, neurológicos,
deficiência mental, distúrbios de personalidade, neuróticos), características
relacionais (distúrbios entre os próprios colegas, distorções de auto-estima) e
distúrbios e desmandos de professores.
A definição que melhor se apresenta é fornecida
por YVES DE LA TAILLE (* Op.
Cit., p.10.49 que esclarece: Se entendermos por disciplina comportamentos
regidos por um conjunto de normas, a indisciplina poderá se traduzir de duas
formas: 1) a revolta contra estas normas; 2) o desconhecimento delas. No
primeiro caso, a indisciplina traduz-se por uma forma de desobediência
insolente; no segundo, pelo caos dos comportamentos, pela desorganização das
relações.
Numa síntese conceitual, a
indisciplina escolar se apresenta como o descumprimento das normas fixadas pela
escola e demais legislações aplicadas (ex. Estatuto da Criança e do Adolescente
- ato infracional). Ela se traduz num desrespeito, "seja do colega, seja
do professor, seja ainda da própria instituição escolar (depredação das
instalações, por exemplo). Ela se mostra perniciosa, posto que sem disciplina
"há poucas chances de se levar a bom termo um processo de aprendizagem. E
a disciplina em sala de aula pode equivaler à simples boa educação: possuir
alguns modos de comportamento que permitam convívio pacífico".
Agora, um mesmo ato pode ser
considerado como de indisciplina ou ato infracional, dependendo do contexto em
que foi praticado. Uma ofensa verbal dirigida ao professor pode ser
caracterizada como ato de indisciplina. No entanto, dependendo do tipo de
ofensa e da forma como foi dirigida, pode ser caracterizada como ato
infracional - ameaça, injúria ou difamação. E para cada caso os encaminhamentos
são diferentes. Constata-se, também, que o ato infracional é
perfeitamente identificável na legislação vigente. Já o ato indisciplinar deve
ser regulamentado nas normas que regem a escola, assumindo o regimento escolar
papel relevante para a questão.
Diante da leitura do texto complementar
gostaríamos que todos pudéssemos pensar nas seguintes questões que o texto nos
coloca:
1)
Qual papel que a escola assume
perante a sociedade?
2)
Qual o principal problema apontado que compromete o processo
ensino-aprendizagem?
3)
A autora Estrela (1992) considera quais fatores para a ocorrência da
indisciplina?
4)
Qual a diferença que a Abordagem Tradicional e da Educação nova trazem
para a disciplina?
5)
Saviani pontua que “as bases da Pedagogia tradicional foram formuladas a
partir do princípio de que a educação é um direito de todos”. Mas a Pedagogia
nova legitima as desigualdades. Por que?
6)
A autora também coloca que os problemas escolares perpassam pela ausência
de estrutura. Que tipo de estrutura?
7)
Aquino diz que os educadores devem fazer uma reflexão de sua própria
prática, pois se os alunos se revoltam, é necessário saber o porquê?
8)
Os autores Pirola e Ferreira (2007) sugerem iniciarmos uma reflexão na
própria maneira de atuar, nas nossas dificuldades e principalmente que
busquemos uma adequada formação. Reflexão sobre o assunto.
9)
Vianna indica que a disciplina “exigirá uma transformação gradativa do
povo”, caminhando para a maturidade e que esta transformação não ocorrerá
apenas pela intervenção da instituição escola, mas que a escola ainda é um dos
veículos de persuasão sobre as pessoas. Pontuando seu trabalho na valorização e
dignificação das classes populares, poderá provocar mudanças na atual ordem
social. Concorda?
10)
Oliveira(2005) indica a necessidade de discussões e orientação sobre os
problemas disciplinares, entretanto, a falta da orientação está no fato de que
nem mesmo a equipe tem claros os princípios que devem nortear o comportamento
dos alunos. O que acha desta afirmação?
PAUTA - ATPC 01 e 03 de abril
Tema: Planejamento
Objetivos: Entender qual a importância de se planejar e como desenvolver
um bom planejamento
Conteúdos: TEXTOS EXPLICATIVOS E FORMULÁRIOS PARA ORGANIZAR O
PLANEJAMENTO 2014 – PRIMEIRO SEMESTRE BEM COMO OS PLANOS DE AULAS.
Sugestão de leitura:
Sinopse - O Silêncio das Montanhas -
Khaled Hosseini
O Silêncio das Montanhas traz como
protagonista os irmãos Pari e Abdullah, que moram em uma aldeia distante de
Cabul, são órfãos de mãe e têm uma forte ligação desde pequenos. Assim como a
fábula que abre o livro, as crianças são separadas, marcando o destino de
vários personagens. Paralelamente à trama principal, Hosseini narra a história
de diversas pessoas que, de alguma forma, se relacionam com os irmãos e sua
família, sobre como cuidam uns dos outros e a forma como as escolhas que fazem
ressoam através de gerações. Assim como em O Caçador de Pipas, o autor explora
as maneiras como os membros sacrificam-se uns pelos outros, e muitas vezes são
surpreendidos pelas ações de pessoas próximas nos momentos mais importantes.
Segundo o próprio Hosseini, o novo título "fala não somente sobre a minha
própria experiência como alguém que viveu no exílio, mas, também sobre a
experiência de pessoas que eu conheci, especial os refugiados que voltaram ao
Afeganistão e sobre cujas vidas tentei falar tanto como escritor quanto como
representante da Organização das Nações Unidas. Espero que os leitores consigam
amar os personagens de O Silêncio das Montanhas tanto quanto eu os amo".
Seguindo os personagens, mediante suas escolhas e amores pelo mundo - de Cabul
a Paris, de São Francisco à Grécia -, a história se expanda, tornando-se
emocionante, complexa e poderosa. É um livro sobre vidas partidas, inocências
perdidas e sobre o amor em uma família que tenta se reencontrar.
O Silêncio das Montanhas - Khaled Hosseini
O Silêncio das Montanhas - Khaled Hosseini
O QUE É PLANEJAMENTO?
Segundo o “Aurélio”, planejamento é o ato ou efeito de planejar. É o processo
que leva ao estabelecimento de um conjunto coordenado de ações, visando
à consecução de determinados objetivos. Planejar é elaborar um roteiro de
ações para se atingir um determinado fim. Realmente, ninguém planeja alguma
coisa para o nada, ou a partir do nada. Ninguém planeja alguma coisa se não
tiver objetivos simples e claros para serem atingidos.
Podemos, inicialmente, dizer que planejamento apresenta alguns tipos de procedimentos,
entre os quais:
1 – o estabelecimento de objetivos, simples, claros e definidos que o coletivo da
escola quer alcançar;
2 – a definição dos caminhos que levará aos objetivos pretendidos;
3 – a definição dos procedimentos pedagógicos cabíveis para que possa, através das ações,
viabilizar a consecução dos objetivos traçados e pretendidos; e
4 – o estabelecimento de um roteiro norteando o
caminho a seguir para se atingir as metas
propostas.
A partir dessas conclusões e procedimentos, podemos entender
planejamento como antecipação de ações a serem desencadeadas ao longo do
ano letivo, utilizando-se de todos os meios disponíveis para se atingir os fins
a que se destina o ato de educar.
Na escola, enquanto educadores, planejamos para ver concretizadas nossas
idéias educacionais, vinculadas à formação e informação de alunos capazes de se
inserir, com sucesso, no mercado de trabalho (ou seja, de construir seu futuro)
e de criar um mundo melhor e mais justo.
Atingir ou não os objetivos propostos já é outra questão. Depende de uma
série de fatores dentre os quais a qualidade das ações. Muitas vezes não
percebemos ou não despertamos para essas ações. Nossos erros e acertos ficam
condicionados à nossa própria razão de existir. Daí a necessária organização de
pensamentos e idéias.
Os problemas do dia a dia
Assim, no cotidiano das
escolas, não há ação ou ações sem um fim previsto e, dependendo da qualidade das mesmas,
os resultados serão diferentes.
Para que o trabalho da ação educativa tenha sucesso é preciso que as
ações sejam eficazes para a obtenção de melhores resultados. Disso decorre que
se deve planejar o melhor possível. Para planejar melhor é preciso definir
clara e objetivamente o que desejamos alcançar. Porém, muitas vezes, na
realização das ações para se atingir os objetivos, aparecem obstáculos dos
mais diferentes tipos, principalmente,
porque os objetivos não ficaram claros ou são inexeqüíveis. É preciso,
portanto, parar, pensar e debater. Por exemplo: os alunos mostram-se
indisciplinados, não prestam atenção às aulas, não fazem as lições de casa,
faltam constantemente, não estão estudando, mostram-se desinteressados. Frente
a esses problemas o coletivo decide: precisamos melhorar!
Melhorar o quê? Como melhorar?
O caminho seria retornar aos objetivos estabelecidos e não alcançados e
rever as ações executadas que não deram certo, alterando, assim o rumo de um trabalho equivocado.
Diante do fracasso pode-se, até mesmo, chegar-se à conclusão de que os
objetivos propostos não eram exeqüíveis.
Para que o coletivo atinja os objetivos a que se propôs, faz-se
necessário pois que eles sejam passíveis de serem alcançados.
Para cada objetivo podem ser traçados vários caminhos. Para sua
operacionalização, planeja-se, ordenando-se, passo a passo, racionalmente, as
ações, aulas, eventos e tarefas. No momento em que o coletivo vai planejar,
ressaltamos algumas peculiaridades que devem ser levadas em conta:
1 – observação do universo escolar, suas particularidades, sua cultura,
seu patrimônio, sua vida cotidiana.
2 – planejamento para agir – sem ações definidas o plano, estará fadado
ao fracasso. Assim, antes de iniciá-lo faz-se necessário perguntar-se: O que é
um plano? Por que um plano? Para que um plano? Como se fazer um plano? Quando
se fazer um plano? Para quem se fazer um plano? Etc.
3 – indicar os responsáveis pela condução das ações, que se querem com
êxito
4 – questionar sobre que caminhos serão mais rápidos e eficazes para se
atingir os objetivos?
O papel social da escola
Sem
organização, torna-se difícil chegar-se a algum lugar, pois é o meio de realização do planejamento.
Organização e planejamento são elementos interdependentes. O segundo não
subsiste sem o primeiro.
Ao planejarmos, precisamos discutir nossa tarefa e a função política da
escola. Embora, muitas vezes, a escola esteja, inconscientemente, comprometida
com os interesses das classes dominantes, reproduzindo suas estruturas e visão
de mundo e, às vezes, até legitimando-as, não podemos jamais esquecer de
atender aos interesses dos setores mais carentes da sociedade verificando o
que, e como, devemos fazer para que a escola possa tornar-se um instrumento
eficiente de promoção de mudanças sociais.
Precisamos, enfim, pensar que as crianças das classes desfavorecidas que
mais têm dificuldades de aprendizagem, são aquelas que reconhecem (também seus
pais), o grande valor do docente que lhes deu o instrumental de luta mais eficaz,
para a sua ascensão social e transformação da sociedade.
Planejamento e Organização
Em observações, durante o Planejamento de diversas escolas, pode-se
constatar a confusão que muitos educadores fazem entre planejamento e
organização. Há casos onde acreditava-se
que a organização deveria estar submetida ao planejamento. O que dá para
afirmar é que a organização é “o meio próprio” para a execução de um plano.
Com certeza, dizer que na escola x “tudo é organizado”, poderá ser
motivo de orgulho do diretor e do corpo docente, mas não será garantia de que
os métodos usados sejam eficientes na formação do cidadão crítico e criativo,
que todos desejam, Não se pode confundir planejamento com arrumação, burocracia
ou aplicação rigorosa de métodos.
Planejar e organizar não são sinônimos, mas um complementa o outro.
Poder-se-ia até dizer que organização é, em síntese, um planejamento eficaz.
Planejamento e organização complementam-se; um não pode existir sem o
outro, pois não há como se planejar sem organização e organizar, sem
planejamento. É inócuo. O Planejamento serve-se da organização para se
realizar, ou melhor, para possibilitar o desenvolvimento das ações do plano.
Escrevendo o plano de aula
Um plano de aula sempre começa traçando objetivos. Tais objetivos sempre devem começar por um verbo
no infinitivo e, como regra geral, devem ter um “para que”, ou seja, a frase
deve ser composta por duas sentenças. Assim:
Objetivo
= Habilidade desenvolvida + qual a
razão de desenvolver essa habilidade.
Um exemplo:
Expressar suas ideias e opiniões de forma oral e escrita para aprimorar sua capacidade
comunicativa.
Eu disse que essa é uma regra geral
pois alguns objetivos envolvem habilidades tão amplas que fica difícil (e até
sem sentido) definirmos uma motivo para elas. Por exemplo:
Compreender e interpretar o texto e a música trabalhados.
Além disso, é importante lembrar que
os objetivos de um plano de aula sempre referem-se às habilidades e
competências que o aluno deverá desenvolver.
Uma dica útil: ao elaborar seus objetivos tenha em mente a frase “Ao término da aula, o aluno deverá ser capaz de…”
o
Identificar o
gênero conto.
o
Compreender e
interpretar o texto e a música trabalhados.
o
Comparar as duas
formas de abandono/distanciamento as quais o texto e a música referem-se para
dar-se conta de que o valor individual das pessoas está cada vez menor em meio
à multidão.
Em seguida, é hora de definir o cronograma dos trabalhos. Aqui, basicamente, você deve escrever, de forma
resumida, tudo que vai fazer durante a aula e fazer uma estimativa de quanto
tempo vai levar cada passo. Exemplo (assumindo que a aula seria de dois
períodos de 50 min. cada):
1.
Apresentação da
música Maior Abandonado, de Cazuza e Frejat (5 min.).
2.
Compreensão e
interpretação da música de forma oral, tentando levantar assuntos que se
relacionem com o tema do abandono/distanciamento entre pessoas, tratado no
conto que virá a seguir (20 min.).
3.
Apresentação do
conto Grande Edgar, assim como de seu autor, Luis Fernando Veríssimo
(5 min.).
4.
Leitura silenciosa
do conto (10 min.).
5.
Leitura expressiva
do conto pelo professor (5 min.).
6.
Compreensão e
interpretação do conto de forma oral, destacando temas como “como nos
distanciamos de pessoas importantes ao longo da vida”, “como nos tornamos
‘apenas mais um’ aos olhos da sociedade”, “como nós mesmos não nos damos a
devida importância”, etc. (25 min.).
7.
Análise do conto
conforme as estruturas características do gênero (apresentação, complicação,
clímax, desfecho) (15 min.).
8.
Escrita de um
pequeno texto que responda a pergunta “Quem é o “maior abandonado do título da
música?” (15 min.).
Terminado o cronograma, é hora de
escrever a lista de Tópicos do Conhecimento (ou, com o nome antigo,Conteúdo
Programático). Basicamente é
uma lista de temas e assuntos estudados durante a aula. Referem-se a fatos,
conceitos e princípios, procedimentos, atitudes, etc.
o
Leitura, análise e
interpretação do conto Grande Edgar, de Luis Fernando Veríssimo.
o
Leitura, análise e
interpretação da música Maior Abandonado, de Cazuza e Frejat.
o
Gênero conto.
o
Gênero letra de
música.
Logo após, vem a parte mais
trabalhosa do plano, que são as Formas de Mediação (ou Procedimentos,). Aqui devem ser
detalhados todos os passos listados no cronograma. Escreve-se sobre ações,
processos ou comportamentos que serão propostos pelo professor durante a aula,
sempre baseando-se nos objetivos previstos.
Exemplo em 3 momentos:
Planejamento:
Primeiro Momento
Composta pela apresentação da música
e por sua compreensão e interpretação. Algumas questões orais deverão guiar a
discussão, tais como:
o
O que é um “maior
abandonado”, citado no título da música?
o
Por que a música
diz que “raspas e restos me interessam” (linhas 8 e 9), “mentiras sinceras me
interessam” (linha 11)?
o
O que são “mentiras
sinceras”?
o
Quem é o “tu” ao
qual a música se refere?
o
A que se refere a
passagem “pequenas porções de ilusão” (linha 10)?
o
Que tipo de
proteção o “maior abandonado” deseja?
Planejamento:
Segundo Momento
Apresentação do conto Grande Edgar, do livro de onde ele foi retirado, As mentiras que os homens contam, e do autor Luis Fernando Veríssimo. A obra pode
passar de aluno em aluno para que seja manuseada e vista mais de perto. Caso
houver exemplares na biblioteca, é importante que isso seja informado aos
alunos.
Após é feita a leitura silenciosa
pelos alunos e em seguida a leitura expressiva pelo professor. A compreensão e
interpretação é feita de forma oral, guiada por questões como:
o
Já lhe aconteceu
situações parecidas com a do conto? De que forma? Você esqueceu de alguém, ou
alguém esqueceu quem você era?
o
Por que nos
esquecemos tão facilmente dos outros?
o
Por que confundimos
estranhos com pessoas conhecidas?
o
Por que o
personagem “naturalmente” escolhe o caminho “menos racional e recomendável, que
leva à tragédia e à ruína”?
o
Será que nós ou as
outras pessoas são tão pouco importantes a ponto de sermos esquecidos? Será que
nós nos damos a devida importância?
Terminada a discussão, é feita a
entrega de um resumo teórico sobre o gênero conto, com um pouco sobre sua
história, principais autores e características estruturais. O professor faz,
junto com a turma, a análise do conto Grande Edgar conforme aquelas características (apresentação, complicação, clímax,
desfecho).
Planejamento:
Terceiro Momento
Feita a análise do gênero, faz-se a
avaliação, que consiste na elaboração de um pequeno texto que responda questões
como “Quem é o “maior abandonado do título da música?”, “Você conhece maiores
abandonados como aquele do qual a música fala?”, “O que fazer para não virarmos
maiores abandonados?”
E com isso o plano de aula está
praticamente feito. Faltam algumas coisinhas como os Recursos que serão utilizados, que são aqueles meios materiais ou humanos que
fogem ao padrão de uma aula “comum”, ou seja, ninguém vai colocar que vai usar
giz e quadro negro, mas aparelho de som, retroprojetor e outras coisas
específicas, sim:
o
Aparelho de som
Finalmente chegamos ao item Avaliação, que, nas concepções mais recentes, costuma ser
definida como um “processo contínuo e global com função de diagnosticar,
acompanhar e avaliar” (daqueles textos sem referência bibliográfica que alguns
professores distribuem na universidade). O importante é o seguinte: avaliação
não é só prova. A minha, para essa aula, ficou assim:
Levará em conta a participação do aluno nas discussões e também o texto
elaborado em aula, cujo tema permite que seja observado o entendimento do aluno
perante os conteúdos apresentados.
E para terminar, obviamente, as Referências
Bibliográficas do material
utilizado na aula:
CAZUZA e FREJAT. Maior abandonado. Disponível em: <http://letras.terra.com.br/cazuza/919100/>.
Acesso em: 22 abr. 2009.
GIARDELLI, Mempo. Assim se escreve um conto. Trad. De Charles
Kiefer. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.
JÚNIOR, R. Magalhães. A arte do conto: sua história, seus gêneros, sua
técnica, seus mestres. Rio de Janeiro: Edições Bloch, 1972.
SOARES, Angélica. Gêneros literários. São Paulo: Ática, 1997.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Grande Egar. In:__ As mentiras que os homens contam. São Paulo:
Objetiva, 2000.
10 dicas para a elaboração do Plano de
Aula
Preparar um plano de aula eficaz requer experiência e dedicação. Seguem 10 dicas que podem auxiliar os professores a elaborarem um plano de aula de acordo com os seus objetivos.
Quando você
pretende ensinar alguma coisa essa é a primeira pergunta que você deve se
fazer. Você deve estar pronto para responder a essa pergunta a qualquer
momento, inclusive, durante a aula.
2. Qual o meu objetivo para os estudantes? O que eles devem ser capazes de
fazer ao fim deste conteúdo?
Uma boa maneira de entender se
um tema é ou não fundamental é planejá-lo criando objetivos para os seus
estudantes, ou seja, o que você espera que eles sejam capazes de fazer ao fim
daquela discussão. Compartilhe esses objetivos com os estudantes, isso é
fundamental para que vocês estejam alinhados e para que eles conheçam as
habilidades mais importantes.
3. Como o tema se encaixa no currículo
geral?
Para criar uma
aula significativa é fundamental que você conheça todas as maneiras de encaixar
o conteúdo no currículo geral do estudante. Não se apegue apenas à sua
matéria, vá além e identifique como o assunto tratado na sua sala de aula pode
se relacionar com outras disciplinas, isso tende a incentivar os estudantes.
4. O que os estudantes já sabem sobre
isso?
Procure
entender como você pode ajudar os alunos a desenvolverem o conhecimento prévio
sobre o assunto a ser tratado. Antes mesmo de começar a ensinar coisas novas,
procure saber o que os seus alunos já sabem sobre aquilo e, a partir daí,
comece a trabalhar para incrementar esse conhecimento.
5. Como eu posso despertar o interesse dos
alunos?
O início de um
capítulo ou unidade é o que vai garantir que os seus estudantes mantenham ou
não o interesse naquilo que você está dizendo, portanto, você precisa chamar a
atenção deles logo de cara. Uma boa maneira de fazer isso é procurar conexões
entre o que está sendo estudado, a cultura geral e a vida do estudante. Outra
opção é criar situações nas quais eles teriam de usar o que está sendo
aprendido de forma prática.
6. Como eu posso apresentar esse material?
Pense em como
aquele conteúdo pode ser melhor compreendido e não se mantenha preso a métodos
tradicionais por medo de inovar. É fundamental que você pense nas maneiras
como apresentará o conteúdo aos seus estudantes. Vá além do que o livro
oferece, procure conteúdo agregado, como vídeos e apresentações, jogos e até
mesmo seminários ou representações. Dessa maneira você poderá incentivar os
estudantes em áreas além do que você está ensinando.
7. O que os estudantes farão durante as
aulas?
Um bom plano de
aulas deve prever diversas situações, inclusive o que os seus alunos farão
durante as aulas. Os estudantes serão meros ouvintes ou participarão da aula de
maneira ativa? Você proporá atividades práticas ou simplesmente apresentará o
panorama do que está sendo tratado. Pensar no que acontecerá dentro de sala de
aula é fundamental para criar atividades adequadas.
8. Como eu posso atender as necessidades
de cada estudante?
Claro que toda
a sala deve receber o mesmo conteúdo, mas você não pode deixar de lado as necessidades
particulares de cada um dos seus estudantes. Essa problemática também deve
aparecer no seu plano de aulas, ou seja, identifique quais são as principais
dificuldades dos estudantes e pense em como resolvê-las. Uma boa dica é ficar
atento ao tipo de aprendizado de cada um dos seus alunos.
9. Como eu posso ligar o conteúdo e a
rotina dos estudantes?
Se você quer
que sua aula seja significativa e relevante, faça com que o conteúdo abordado
se aplique de maneira prática na vida dos estudantes. Descubra o que interessa
a eles e trate de incluir suas descobertas no plano de aulas. Não se esqueça de
que apenas você fazer essas conexões não é suficiente, ofereça a oportunidade
de que seus estudantes também encontrem os pontos em comum.
10. Existe alguma tecnologia capaz de
melhorar essa tarefa?
A vida dos
estudantes basicamente gira em torno da tecnologia, com as redes sociais,
pesquisas online e até mesmo grupos de estudo via Internet. Portanto, se você
quer realmente chamar a atenção deles, o melhor é fazer isso no meio onde eles
mais têm prática. Descubra ferramentas capazes de engajar os estudantes em
experiências de aprendizado e dessa maneira eles estarão cada vez mais
interessados em praticar o que você ensina.
Mãos a
obra, vamos botar em prática nossos conhecimentos e organizar nosso
planejamento semestral e nossos planos de aula.
E. E. “WANDA COSTA
DAHER” - PLANEJAMENTO PRIMEIRO SEMESTRE 2014
PROFESSOR(A):_______________DISCIPLINA:
___________SÉRIES:_______________________
CONTEÚDO
|
ESTRATÉGIAS
DE ENSINO(METODOLOGIA)
|
AVALIAÇÃO
|
OBSERVAÇÕES
/ PROJETOS
|
E. E. “WANDA COSTA
DAHER” - PLANO DE AULA
PROFESSOR: _____________DISCIPLINA:__________SÉRIE:
______________
TEMA:_________________________________________________________________________
OBJETIVOS:____________________________________________________
_______________________________________________________________
CRONOGRAMA DE TRABALHO:
___________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
RECURSOS:
________________________________________________________________
______________________________________________________________
AVALIAÇÃO:
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
ATPC– 25/27
DE MARÇO
Confira o tutorial com dicas para usar a ferramenta de revisão do Word. Leia mais no blog Tecnologia na Educação:http://revistaescola.abril.com.br/blo..
Vídeo retirado da Nova Escola
Educação Moral: Os professores sabem trabalhar? Yves de La Taille
Publicado em 19/11/2013
Os professores recebem formação adequada para lidar com educação moral e conflitos no cotidiano da escola? Neste vídeo, o professor da Universidade de São Paulo (USP) Yves de La Taille e a professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Telma Vinha conversam sobre a importância do estudo e da reflexão sobre o tema para manter o bom clima escolar. A conversa fez parte do Grandes Diálogos, promovido por NOVA ESCOLA, que discutiu indisciplina e educação moral. Assista no site aos outros vídeos da série!
VAMOS FALAR DOS REGISTROS DO TRABALHO DO ALUNO, CHAMADOS DE PORTIFÓLIOS
O QUE É? PARA QUE SERVE? COMO ORGANIZÁ-LOS?
APRESENTAÇÃO DO PORTFOLIO (termo estrangeiro)
Segundo Villas Boas "o portfólio é um
procedimento de avaliação que permite aos alunos participar da formulação dos
objetivos de sua aprendizagem e avaliar seu progresso. Eles são, portanto,
participantes ativos da avaliação, selecionando as melhores amostras de seu trabalho
para incluí-las no portfólio" (Currículo e avaliação - Indagações sobre
Currículo)
“Portfolios são documentos personalizados
do percurso de aprendizagem, são ricos e contextualizados. Contêm documentação
organizada com propósito específico que claramente demonstra conhecimentos,
capacidades, disposições e desempenhos específicos alcançados durante um
período de tempo. Os Portfolios representam ligações estabelecidas entre acções
e crenças, pensamento e acção, provas e critérios. São um meio de reflexão que
possibilita a construção de sentido, torna o processo de aprendizagem
transparente e a aprendizagem visível, cristaliza perspectivas e antecipa
direcções futuras.” (Jones &Shelton, 2006: 18-19)
A utilização de portfólios no ensino
público estabelece uma estratégia que tem buscado satisfazer às necessidades de
aprofundar o conhecimento sobre a analogia ensino-aprendizagem, de modo a
assegurar-lhe, a cada vez, melhor concepção e mais elevados referentes da
qualidade da educação
Com o objetivo de aumentar a qualidade da
formação de educadores e alunos, são ampliadas atividades de formação, de
investigação, de avaliação do próprio processo de ensino/aprendizagem. Essas ações propiciam uma melhor compreensão
dos resultados positivos decorrentes da utilização destes instrumentos de
autoavaliação: Os portfólios. Que, quando realizados de maneira organizada e
crítica, estimulam tanto o aumento do nível reflexivo, quanto ao nível da
conscientização dos envolvidos.
O portfólio proporciona diversos aspectos
e extensões da aprendizagem, enquanto constituição de conhecimentos, onde condiciona
desenvolvimento pessoal e profissional dos professores e alunos. Portanto, com
o aprofundamento e a análise dos aspectos educacionais, esta tática não contribui
apenas para uma estruturação interpessoal do conhecimento, mas também facilita,
em longo prazo, a abrangência de uma metodologia significativa de
ensino-aprendizagem.
Por meio do uso do portfólio, tornam-se
palpáveis, quer a essência, quer a seriedade das afinidades interpessoais
desenvolvidas nos procedimentos de ensino-aprendizagem.
Portfólios são trabalhos elucidativos dos
alunos. Simulam o seu pensamento, sentimento, a seu modo de agir; as suas aptidões
e capacidades e a maneira como colocou em exercício o seu processo de
ensino/aprendizagem. Essa ferramenta a serviço da educação tem como finalidade
propagar uma visão global do conhecimento formal do educando e seu desempenho
na aprendizagem das díspares áreas curriculares, assim como o seu desenvolvimento
no âmbito comportamental e seu progresso na área pessoal e educacional.
Os
portfólios permitem uma avaliação de cooperação e participação , havendo
interação do professor e aluno. Ambos escolhem os trabalhos mais expressivos do
educando, através da criticidade e reflexão, estabelecendo padrões em busca da
qualidade e assertividade. Há também um processo interdisciplinar com
professores de outras áreas, que opinam em relação ao trabalho do aluno,
fornecendo opiniões e depoimentos relativos à melhoria e qualidade do
ensino/aprendizagem. (FONTE : INTERNET)
Desenhos; fotos, artes, exposição de
documentos; avaliação acadêmica de desempenho; registro de entrevistas;
comentários e documentários de eventos musicais, de dança, de canto; lista de
livros lidos; registro de leituras; correspondências; atuações gravadas em
vídeo e áudio, etc., são exemplos de como se montar um Portfólio, produzidos em
períodos de aprendizagem, e para isso pode-se utilizar a fotografia como
documento desse momento.
Não como solidificação, mas como forma de
anexar explanação e verossimilhança, através de um cronograma histórico dos
acontecimentos, avaliados continuamente, de maneira sistemática e prescrevida a
atuação do aluno dentro do seu desenvolvimento acadêmico.
Colaboração da Profª Rafaelly - Língua Portuguesa
Qual é a finalidade dos portfólios?
Portfólio é um conjunto organizado de
trabalhos produzidos pelo aluno ao longo de determinado período (o ano letivo,
por exemplo). Quando bem montada, essa coletânea se transforma em um excelente
instrumento de avaliação.
Ela deve reunir as atividades que o
estudante considera relevantes, escolhidas depois de uma análise feita com a
sua ajuda. O critério da escolha, vale lembrar, não pode ser apenas o da
excelência. O que importa é selecionar trabalhos que demonstrem a trajetória da
aprendizagem.
O ideal é que o portfólio tenha a
seguinte estrutura: introdução (apresentação do
conteúdo), uma breve descrição de cada trabalho,
as datas em que eles foram
feitos, uma seção de revisão com reflexões da
criança, uma autoavaliação e uma parte
reservada aos seus comentários.
Importância do registro feito pelo professor
para repensar a prática
A escrita é
uma excelente forma de reflexão, seja para produzir o diário do professor ou o
portfólio dos alunos. A formadora de professores Heloisa Magri Lazzari reforça
em seu artigo a necessidade do registro profissional para aperfeiçoar o
trabalho.
1. A escrita profissional
O
registro do professor tem múltiplas formas e funções. Por ser um instrumento
que pode guardar a memória de seu percurso profissional, possibilita voltar uma
e outra vez às próprias práticas de uma forma mais distanciada, sem a presença
das demandas e urgências do dia a dia da sala de aula.
Começo falando do registro que o professor faz da sua prática. Essa escrita pode assumir o aspecto de um diário de classe, de um caderno de reflexões etc. Não importa a forma: registrar suas práticas permite que o educador identifique como seu repertório de ações foi se ampliando diante de diferentes questões. Tornar o próprio percurso um objeto de reflexão faz parte da formação do professor.
Começo falando do registro que o professor faz da sua prática. Essa escrita pode assumir o aspecto de um diário de classe, de um caderno de reflexões etc. Não importa a forma: registrar suas práticas permite que o educador identifique como seu repertório de ações foi se ampliando diante de diferentes questões. Tornar o próprio percurso um objeto de reflexão faz parte da formação do professor.
A
revisita às práticas permite que o professor possa identificar como costumava
intervir em determinados momentos e como age agora para lidar com atividades de
uma determinada área de conhecimento, gerir sua rotina ou até mesmo mediar
conflitos.
Contudo,
para que o registro possa cumprir essa função, é fundamental que ele seja
produzido de forma sistemática. Caso contrário, perde-se a oportunidade de
guardar dados importantes sobre o desenvolvimento de determinadas ações ao
longo de um período. Outro aspecto crucial é o conteúdo a ser registrado, ou
seja, as informações não podem ser descritas de forma breve ou
descontextualizada, pois precisam ser compreendidas quando forem utilizadas, no
curto ou no longo prazo. Quando o professor explicita suas ações e intenções,
evidenciando os "porquês" e "para quês", pode encontrar
outros significados, mesmo que elas tenham sido registradas há muito tempo.
Ao produzir o registro, o professor organiza seu fazer e documenta sua história. Madalena Freire afirma que "a escrita materializa, dá concretude ao pensamento, dando condições assim de voltar ao passado, enquanto se está construindo a marca do presente. É nesse sentido que o registro escrito amplia a memória e historia o processo, em seus momentos e movimentos (...)."
Ao produzir o registro, o professor organiza seu fazer e documenta sua história. Madalena Freire afirma que "a escrita materializa, dá concretude ao pensamento, dando condições assim de voltar ao passado, enquanto se está construindo a marca do presente. É nesse sentido que o registro escrito amplia a memória e historia o processo, em seus momentos e movimentos (...)."
2. Registrar o
trabalho ajuda a refletir sobre a própria atuação
Pensar sobre a
própria prática é um bom caminho para identificar o seu fazer pedagógico (que é
único e singular); reconhecer características específicas da faixa etária com a
qual trabalha; averiguar quais situações propostas foram mais potentes para a aprendizagem
das crianças e o que havia de comum entre elas etc. Pouco a pouco, o professor constrói aquela que é sua teoria, sua
maneira de explicar as formas de ensino e aprendizagem, para depois dialogar
com outras teorias e explicações.
À medida que o professor analisa sua prática, faz registros e relê seus escritos, pode tornar-se cada vez mais reflexivo. Lino de Macedo escreve que "(..) refletir é ajoelhar-se diante de uma prática, escolher coisas que julgamos significativas e reorganizá-las em outro plano para, quem sabe, assim podermos confirmar, corrigir, compensar, substituir, melhorar, antecipar, enriquecer, atribuir sentido ao que foi realizado."
O ideal é que o registro tenha um interlocutor, ou seja, possa ser lido pelo gestor, outro professor ou equipe docente da escola. Mas cabe reforçar que o ato de escrever já favorece a apropriação de um processo complexo como a formação de um educador. Um profissional - seja ele iniciante ou muito experiente -, quando coloca seu pensamento no papel consegue organizar as informações, dar sequência a elas e selecioná-las de forma distanciada da prática.
Enquanto desenvolve o trabalho com as crianças, os professores atendem demandas simultâneas: envolvem o grupo para que todos participem, ouvem atentamente as falas de cada um, medeiam as construções de saberes com intervenções individuais ou coletivas, ajudam a resolver conflitos etc. Esta é a dinâmica de sala de aula - intensa e diária - em que o professor organiza a própria atuação e a do grupo. Quando o professor aproveita o momento sem essas interferências para eleger o que quer deixar por escrito, cria um ambiente favorável para uma reflexão mais profunda sobre o tema e sua prática.
O registro, além de ser um diálogo estabelecido consigo mesmo e com outros interlocutores, é também ponto de partida para o planejamento das próximas atividades. Ele permite ao professor fazer ajustes, tomar novos caminhos ou dar continuidade ao que foi proposto para que as crianças possam avançar na construção de conhecimentos
À medida que o professor analisa sua prática, faz registros e relê seus escritos, pode tornar-se cada vez mais reflexivo. Lino de Macedo escreve que "(..) refletir é ajoelhar-se diante de uma prática, escolher coisas que julgamos significativas e reorganizá-las em outro plano para, quem sabe, assim podermos confirmar, corrigir, compensar, substituir, melhorar, antecipar, enriquecer, atribuir sentido ao que foi realizado."
O ideal é que o registro tenha um interlocutor, ou seja, possa ser lido pelo gestor, outro professor ou equipe docente da escola. Mas cabe reforçar que o ato de escrever já favorece a apropriação de um processo complexo como a formação de um educador. Um profissional - seja ele iniciante ou muito experiente -, quando coloca seu pensamento no papel consegue organizar as informações, dar sequência a elas e selecioná-las de forma distanciada da prática.
Enquanto desenvolve o trabalho com as crianças, os professores atendem demandas simultâneas: envolvem o grupo para que todos participem, ouvem atentamente as falas de cada um, medeiam as construções de saberes com intervenções individuais ou coletivas, ajudam a resolver conflitos etc. Esta é a dinâmica de sala de aula - intensa e diária - em que o professor organiza a própria atuação e a do grupo. Quando o professor aproveita o momento sem essas interferências para eleger o que quer deixar por escrito, cria um ambiente favorável para uma reflexão mais profunda sobre o tema e sua prática.
O registro, além de ser um diálogo estabelecido consigo mesmo e com outros interlocutores, é também ponto de partida para o planejamento das próximas atividades. Ele permite ao professor fazer ajustes, tomar novos caminhos ou dar continuidade ao que foi proposto para que as crianças possam avançar na construção de conhecimentos
3. Na Educação
Infantil, o portfólio é instrumento para avaliação
Falei até agora do registro como forma de uma
autoanálise sobre o trabalho. O papel da escrita profissional vai muito além
disso.
Na Educação
Infantil, por exemplo, o registro feito pelo professor sobre os processos
de aprendizagem do grupo como um todo e de cada criança em particular é a fonte
de informações que norteará a avaliação. É o educador quem comunica aos pais e
às próprias crianças os avanços e conquistas. E o portfólio é um dos
instrumentos utilizados para produzir esse balanço das aprendizagens.
O documento com o percurso trilhado pelas crianças dá ao educador informações preciosas sobre ensino e aprendizagem, além do acompanhamento simultâneo das progressões e dos desafios enfrentados por eles. Por isso, para fazer o registro das aprendizagens, é preciso que o educador tenha claro o que quer revelar, por quê, para quê e de que forma irá organizar as informações para que o leitor compreenda as etapas e as singularidades deste processo.
O documento com o percurso trilhado pelas crianças dá ao educador informações preciosas sobre ensino e aprendizagem, além do acompanhamento simultâneo das progressões e dos desafios enfrentados por eles. Por isso, para fazer o registro das aprendizagens, é preciso que o educador tenha claro o que quer revelar, por quê, para quê e de que forma irá organizar as informações para que o leitor compreenda as etapas e as singularidades deste processo.
4. As crianças
também produzem seus registros
As crianças
devem participar desde o início do processo de elaboração e de construção
do portfólio para que o registro faça sentido para elas. É importante
compartilhar com o grupo a proposta, apresentando o suporte que será utilizado
- pasta, caixa com fichas ou um formato criado pela escola etc. - e explicando
que ali serão registradas as aprendizagens de cada um ao longo de um
determinado tempo.
As crianças, ao se familiarizar com este instrumento, poderão participar de forma cada vez mais ativa. Elas podem dar sugestões sobre os materiais a serem incluídos, selecionar produções significativas para elas ou colaborar na montagem do registro.
Partimos do princípio de que a avaliação na Educação Infantil é um processo que envolve a observação sistemática das crianças durante as mais variadas atividades da rotina escolar, em circunstâncias que sejam representativas de seu comportamento ao longo do tempo. Portanto, o registro dessas observações feitas pelo professor deve seguir o mesmo esquema: ser regular, processual e contemplar diferentes propostas e situações.
É importante que a escrita do professor se baseie em atividades reais e não em situações artificiais criadas com o intuito de serem objetos de avaliação. Desta forma, será possível comunicar o processo de aprendizagem baseado em atividades realmente significativas.
As crianças, ao se familiarizar com este instrumento, poderão participar de forma cada vez mais ativa. Elas podem dar sugestões sobre os materiais a serem incluídos, selecionar produções significativas para elas ou colaborar na montagem do registro.
Partimos do princípio de que a avaliação na Educação Infantil é um processo que envolve a observação sistemática das crianças durante as mais variadas atividades da rotina escolar, em circunstâncias que sejam representativas de seu comportamento ao longo do tempo. Portanto, o registro dessas observações feitas pelo professor deve seguir o mesmo esquema: ser regular, processual e contemplar diferentes propostas e situações.
É importante que a escrita do professor se baseie em atividades reais e não em situações artificiais criadas com o intuito de serem objetos de avaliação. Desta forma, será possível comunicar o processo de aprendizagem baseado em atividades realmente significativas.
5. Garanta que os registros contenham
o percurso de cada criança
Para garantir que o
portfólio expresse o percurso de cada criança de maneira eficaz, inclua o
registro de rodas de conversa, falas da criança durante os mais diversos
momentos, fotos que comuniquem ações (acompanhadas de legendas ou de textos
breves que as contextualizem), produções significativas etc. Esse conteúdo
também favorece a comunicação com a família. É preciso reconhecer a diversidade
individual da aprendizagem, bem como as diferenças de estilos e de ritmos de
aprendizagem.
Além disso, o portfólio pode contribuir muito para o trabalho do professor que assumirá o grupo no próximo ano letivo. Isso o ajudará a dar continuidade ao processo de aprendizagem das crianças, uma vez que ali estarão registrados momentos importantes do desenvolvimento de cada uma.
Outra possibilidade interessante é que o mesmo portfólio seja alimentado todos os anos de modo a acompanhar a criança durante toda sua permanência na escola. Esta é uma rica oportunidade para que ela construa sua história da mesma forma que o professor constrói sua trajetória ao produzir um registro permanente de suas ações.
Além disso, o portfólio pode contribuir muito para o trabalho do professor que assumirá o grupo no próximo ano letivo. Isso o ajudará a dar continuidade ao processo de aprendizagem das crianças, uma vez que ali estarão registrados momentos importantes do desenvolvimento de cada uma.
Outra possibilidade interessante é que o mesmo portfólio seja alimentado todos os anos de modo a acompanhar a criança durante toda sua permanência na escola. Esta é uma rica oportunidade para que ela construa sua história da mesma forma que o professor constrói sua trajetória ao produzir um registro permanente de suas ações.
Documentos
em ordem
Ensine os professores a organizar os
registros para depois usá-los em projetos de formação da equipe
Os meses passam, as atividades feitas pelos alunos se acumulam e
nem todo professor consegue organizar sozinho o material que a turma (ou ele
mesmo) produz. Como esses registros são fundamentais para fazer a formação em
serviço durante o ano, é função da coordenação pedagógica orientar a produção
de portfólios, registros, pautas de observação, diários de aula e notas (e
ajudar na montagem de tudo isso).
"Os arquivos com as escritas do professor ficam mais ricos quando resgatam
os processos vividos em sala de aula", avalia Fernanda Coelho Liberali,
pesquisadora em Linguística da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP) e formadora de professores e coordenadores pedagógicos. Para que se
tornem, efetivamente, recursos que ajudem a repensar a prática, os registros
devem evitar descrições superficiais e burocráticas e portfólios apenas com as
produções mais bonitas.
A ação da coordenação pedagógica é explicar como fazer uma reflexão crítica da
atuação docente, descrevendo, analisando e questionando. Com os registros em
mãos, é possível orientar o professor e montar
pautas de formação centradas nas necessidades do professor para garantir mais
aprendizagem para a turma. "Pastas, arquivos e portfólios podem ganhar
vida quando trabalhados de forma crítica", afirma Clézio dos Santos,
professor de Geografia do Centro Universitário Fundação Santo André (FSA) e
formador de professores em Santo André, na Grande São Paulo.
A seguir, você encontra informações sobre cada uma das ferramentas e a melhor
maneira de usá- las na formação dos professores.
Portfólios para avaliação
Os professores podem fazer portfólio por aluno e por turma, contendo as
atividades cotidianas ou de um projeto específico. As pastas podem ser
arrumadas por área de conhecimento, conteúdos ou períodos. Esse instrumento de
avaliação é comum na Educação Infantil, mas raramente é feito no Ensino
Fundamental, apesar de ser o que melhor demonstra a trajetória de aprendizagem
do estudante.
As pastas da turma toda, com as produções mais significativas, proporcionam uma
visão ampla do que foi realizado em sala e devem ser guardadas pela escola para
que os professores conheçam exatamente o que foi trabalhado no ano anterior
pelo colega. "Só dessa maneira é possível dar continuidade ao processo de
ensino e aprendizagem", explica Débora Rana, coordenadora da Escola Projeto
Vida e formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Os portfólios individuais precisam conter as atividades que
mostrem os avanços de cada aluno (para antever o que precisa ser trabalhado na
sequência). O segredo é recolher material durante todo o ano e não só num
período específico. Como é muito difícil armazenar tudo, um bom critério é
ficar com as produções que mostrem a evolução na aprendizagem e o avanço dos
estudantes. Elisete Gomes da Silva Luttzolff, coordenadora pedagógica da EE Victor
Civita, em Guarulhos, na Grande São Paulo, orienta os docentes a começar
guardando a avaliação diagnóstica inicial: "Ela serve para afinar o
planejamento de acordo com as necessidades da criança".
Benigna Maria de Freitas Villas Boas, professora da Universidade de Brasília
(UnB), recomenda que os professores incentivem os estudantes a conquistar
autonomia a partir do 6º ano, deixando-os escolher as atividades que comporão a
pasta, mas orientando-os a reconhecer o que é mais relevante.
Outro documento que pode constar do portfólio (ou ser usado separadamente) são
os relatórios. Neles o professor comunica de maneira clara para a coordenação,
os pais e os colegas o que o aluno aprendeu. Isabel Aparecida Pereira Amâncio
coordena o núcleo de Educação Infantil da Escola Albert Sabin, em São Paulo.
Lá, os portfólios são usados há três anos, mas só recentemente passaram a fazer
parte da formação docente. Isabel discute com a equipe o andamento das turmas com
base na produção das crianças e nas observações de sala. Avanços, dúvidas e
problemas são registrados em pequenos papéis para orientar a pauta das reuniões
pedagógicas. "Com base nas questões mais importantes, vou atrás de textos
e materiais que nos ajudem a pensar em possíveis soluções e sirvam para trazer
mais conhecimento ao grupo."
Há três tipos de registro: notas, pautas de observação e diários de classe. As
notas são anotações curtas feitas pelo professor durante a aula - perguntas e
dúvidas levantadas pela garotada, conteúdos a pesquisar etc. São ótimas para
lembrar o que colocar nos próximos planejamentos, nos relatórios e na
avaliação.
Já as pautas de observação são tabelas com o nome dos alunos e
uma lista de conteúdos, competências e habilidades a avaliar. Cabe ao
coordenador ajudar o professor a preparar uma dessas para cada turma e a
preenchê-la em periodicidade predefinida. Não basta um "x" em cada
tópico. O ideal é acrescentar justificativas, observações e conclusões.
Os diários de aula são narrativas do que aconteceu em classe. O modelo deve
seguir o dos diários pessoais, com reflexões sobre o planejamento e as
necessidades dos alunos. Esse tipo de registro também é responsabilidade dos
professores, mas não é fácil fazer. O maior problema é se acostumar a realizar
descrições detalhadas, sem julgamentos de valor. Fernanda sugere que os
coordenadores conversem com a equipe para que esses diários sejam feitos como
se conta uma história: "Em vez de anotar apenas que os alunos ficaram
envolvidos numa atividade, estimule-os a anotar os detalhes: se fizeram
silêncio, formularam perguntas (e quais) e cumpriram todas as etapas da
proposta, por exemplo".
TIPO
|
O QUE É
|
PARA QUE SERVE
|
COMO USAR
|
Portfólios
|
Pasta
com amostras do trabalho das crianças, como atividades, relatórios, desenhos,
fotos, vídeos e registros sonoros.
|
Avaliar
continuamente a trajetória de cada aluno e de uma turma, dentro de um projeto
específico ou ao longo do ano.
|
Analisar
os problemas de ensino que aparecem nas produções da turma e procurar
maneiras de resolvê-los.
|
Registro
de classe
|
Notas,
pautas de observação e diários de classe.
|
Registrar
e acompanhar diariamente as atividades de ensino e a evolução dos alunos.
|
Refletir
sobre a prática pedagógica com base nas dúvidas dos professores para ajustar
práticas e encaminhamentos.
|
Planejamento
|
Sequências
didáticas, planos de aula, projetos didáticos e atividades permanentes.
|
Organizar
o planejamento anual e de aulas para formar a memória do trabalho realizado
no ano.
|
Antecipar
os conteúdos que serão ensinados e a interação dos alunos com eles durante o
planejamento. Serve também como banco de ideias de modalidades.
|
O papel de cada um
Ao ler os relatórios, é papel da coordenação pedagógica tecer comentários e
sugerir aos professores como melhorar a prática. Em Jundiaí, a 60 quilômetros
de São Paulo, a estratégia da coordenação da EMEB Professor Geraldo Pinto
Duarte Paes é transformar as perguntas dos professores em situações problema
para serem discutidas. Os momentos de reunião são registrados, e os novos
conhecimentos, sistematizados. "O que fica só no discurso acaba se
perdendo. O registro é importante para a formação e para a história da
escola", avalia Elizeth Cristina da Silva Ragazzo, uma das coordenadoras.
Já o diretor, como articulador do trabalho pedagógico, precisa dar todo o
suporte necessário aos professores e à coordenação pedagógica. Um bom princípio
é participar das reuniões (tanto de formação permanente como de acompanhamento)
e ajudar na busca das soluções para os dilemas de sala de aula. Para Clézio dos
Santos, da FSA, ler os portfólios dos alunos e os registros dos docentes é uma
forma eficiente de a direção acompanhar o aprendizado. "Sempre que for
propor uma intervenção no cotidiano da escola ou em um curso específico, é
preciso levar em consideração em que pé estão os trabalhos. Será que as
crianças estão aprendendo?", sugere o formador de professores.
Quer saber mais?
CONTATOS
Benigna Maria de Freitas Villas Boas, mbboas@terra.com.br
Clézio dos Santos, clezio@fsa.br
Colégio Albert Sabin, Av. Darcy Reis, 1901, 05396-450, São Paulo, SP, tel. (11) 3712-0713
Débora Rana, deborarana@ajato.com.br
EE Victor Civita, R. Regiane, s/nº, 07180-000, Guarulhos, SP, tel. (11) 2412-6959
EMEB Professor Geraldo Pinto Duarte Paes, R. Doutor Ângelo Pernambuco, 180, 13212-123, Jundiaí,
SP, tel. (11) 4581-9879
Escola Projeto Vida, R. Sóror Angélica, 364, 02452-060, São Paulo (SP) tel. (11) 2236-1459
BIBLIOGRAFIA
Manual de Portfólio: um Guia Passo a Passo para Professores, Elisabeth Shores e Cathy Grace,
160 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 51 reais
Portfólio, Avaliação e Trabalho Pedagógico, Benigna Maria de Freitas Villas Boas, 192 págs.,
Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 35,90 reais
Qualidade na Educação para a Primeira Infância, Alan Pence, Gunilla Dahlberg e Peter Moss, 264
págs., Ed. Artmed, 52 reais
Virando a Escola do Avesso por Meio da Avaliação, Benigna Maria de Freitas Villas Boas, 144
págs., Ed. Papirus, 32,90 reais
Benigna Maria de Freitas Villas Boas, mbboas@terra.com.br
Clézio dos Santos, clezio@fsa.br
Colégio Albert Sabin, Av. Darcy Reis, 1901, 05396-450, São Paulo, SP, tel. (11) 3712-0713
Débora Rana, deborarana@ajato.com.br
EE Victor Civita, R. Regiane, s/nº, 07180-000, Guarulhos, SP, tel. (11) 2412-6959
EMEB Professor Geraldo Pinto Duarte Paes, R. Doutor Ângelo Pernambuco, 180, 13212-123, Jundiaí,
SP, tel. (11) 4581-9879
Escola Projeto Vida, R. Sóror Angélica, 364, 02452-060, São Paulo (SP) tel. (11) 2236-1459
BIBLIOGRAFIA
Manual de Portfólio: um Guia Passo a Passo para Professores, Elisabeth Shores e Cathy Grace,
160 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 51 reais
Portfólio, Avaliação e Trabalho Pedagógico, Benigna Maria de Freitas Villas Boas, 192 págs.,
Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 35,90 reais
Qualidade na Educação para a Primeira Infância, Alan Pence, Gunilla Dahlberg e Peter Moss, 264
págs., Ed. Artmed, 52 reais
Virando a Escola do Avesso por Meio da Avaliação, Benigna Maria de Freitas Villas Boas, 144
págs., Ed. Papirus, 32,90 reais
Retirado da Revista Nova Escola.
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SUGESTÃO DE SITE PARA OS PROFESSORES TRABALHAREM FILMES COM OS ALUNOS
http://www.curtanaescola.org.br/
"Este site disponibiliza gratuitamente curtas brasileiros e promove o uso dessas produções em sala de aula.
São quase 400 vídeos, divididos por tema, disciplina, segmento e faixa etária, que podem ser assistidos diretamente na internet. A maioria deles é acompanhada de planos de aula elaborados por uma equipe pedagógica".
Visitem o site e bom trabalho!!!
informação retirada da Revista Gestão Escolar ano V nº 28 ( gestaoescolar.org.br )
INSTRUÇÃO PARA O USO DA LOUSA DIGITAL
CURSO INFORMÁTICA PARA PROFESSORES
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